A Nova Cozinha e o que mudou no pós pandemia.
- Joana Filipe
- 19 de set. de 2024
- 4 min de leitura
Todos sabemos que a pandemia veio modificar-nos em muitos campos do nosso dia á dia.
Para uns a arte de cozinhar foi desmistificada, por outro lado á quem se renda á praticidade dos entregadores que entregam os mais diversificados menus á la carte. Quais as exigência destas novas cozinhas e o que devemos de alterar e ter em conta quando projetamos estas para os nossos clientes
.Em Abril de 2021 a revista espanhola de que tanto gosto, Arquitectura y diseño apresentava uma reflexão clara de como na verdade a cozinha com a circunstância da pandemia assumia uma nova posição de importância da casa. A exigência do confinamento e o tempo livre que isso trouxe, levou a que muito descobrissem a paixão pela cozinha, fazendo com que muitos utilizadores começassem a atender as limitações das cozinhas antigas e procurassem soluções a nível do design e de planeamento que otimizassem a sua performance durante o ato de confecção alimentar.
Atualmente há estudos que indicam que países de regiões mediterrânicas passam entre 15 a 20%, das horas uteis do dia, dedicados a tarefas executadas nesta divisão da casa. Tarefas como a confecção e a organização e higienização deste espaço ocupam em média 2horas diárias dos seus usuários. Isto faz com que cada vez esta divisão mereça uma maior atenção e investimento a nível pessoal, e que trás resultados na performance diária.
A revolução tecnológica dos eletrodomésticos.
Na era da inteligência artificial e da sofisticação tecnológica, cada vez são mais o numero de equipamentos que permitem não só layouts diferentes mas que também exigem uma serie de respostas integradas dentro da carpintaria. O popularização de uso de robots como a bimby e a airfry faz com que seja indiscutível pesar em armazenamentos específicos que tornem o acesso e arrumação destes equipamentos de fácil acesso e manuseamento. Mas a revolução também se dita ao nível dos grandes eletrodomésticos que podem ir desde o combinado que oferece gelo, á placa integrada com exaustão e aos fornos inteligentes com programas autônomos de autolimpeza, de confecção a vapor e pizzas.
Á Medida
De tantas novidades o recurso á carpintaria projetada por medida cada vez é mais procurada, para conseguir uma otimização de espaço e por outro lado conseguir dar respostas melhores ao utilizador, permitindo ajustar e otimizar a área, mas também ir de encontro as necessidade particular de cada um, mediante as suas lides diárias. Começa por cair em desuso o sentido de medidas standard sem critério, e pretende-se dar uma resposta cada vez mais pessoal, de satisfação das necessidade particulares do usuário. Com a globalização e com a deslocação de pessoas facilitada entre regiões e países. Estes tipo de estudo de medidas de standards e implementação acrítica das mesmas, em qualquer planeamento, tornar-se em muitas das vezes desajustado á realidade.
Podendo recorrer ao recurso de projeção de mobiliário por medida, este deve ir de encontro á ergonomia e necessidade de design e conforto dos seus usuários.
«Atualmente há estudos que indicam que países de regiões mediterrânicas passam entre 15 a 20%, das horas uteis do dia, dedicados a tarefas executadas nesta divisão da casa.
Uma diversidade eclética de estilos
Na fabricação de carpintaria por medida, atualmente não há uma tendencia massificada de modelos de cozinha, mas sim de uma pluralidade de acabamentos e cores e modelos. A cozinha torna-se num objeto de projeção de gosto e de sentido estético pessoal, que reflete muitas vezes a própria personalidade do usuário e da habitação em si. O aparecimento dos influencers mostrando os seus cozinhados e inovações em vídeos e lives, faz da cozinha um objeto de interesse, desejo e projeção do seu sentido estético pessoal, como se fosse a joia da casa.
Dos modelos mais minimalistas aos velhos clássicos tudo é abordado nos dias de hoje. O foco principal torna-se a qualidade das ferragens utilizadas e qualidade geral do materiais que integram o projeto.
A cozinha como espaço social.
Convívios sociais em casa tornaram-se algo mais frequentes devido á pandemia. Atualmente a cozinha define-se como um espaço social e de convívio, que pretende-se na maioria das vezes, que seja integrado com a sala. Com a evolução social, este é cada vez mais um espaço de partilha intergênero e de partilha e convívio entre anfitriões e convidados. A democratização do ato de cozinhar, faz com que cada vez mais faça sentido a integração deste espaço com a área de lazer. Exigindo assim que o mobiliário seja cada vez mais sofisticado e integrado como um elemento elegante e integrante da parte decorativa da sala de estar.
A garrafeira e vinoteca
Como um bom closet está para uma suite, a criação deste espaço para os amantes e apreciadores de vinhos e bebidas espirituosas, surge associado a esta nova cozinha. Como um refúgio intimista, com uma abertura muitas vezes oculta na própria marcenaria da cozinha, que desemboca para estas vinotecas, misteriosas, cheias de requinte e elegância, utilizando técnicas modernas de iluminação que fazem com este seja um espaço intimista e de orgulho dos apreciadores.
A cozinha de cada um
Mas, nem todos foram os que, durante a jornada da pandemia se apaixonaram pela arte de confeccionar alimentos e experimentar os seus dotes, outros por outro lado renderam-se a soluções cada vez mais rápidas e práticas. As entregas de refeições ao domicilio foi algo que popularizou-se nestes tempos, e com a continuidade do estilo de vida agitado, acabou por ficar. São as mais diversas opções gastronômicas num clique. o que faz que com os seus adeptos olhem para estes espaços de uma outra forma, onde algo mais simples e com poucos metros sirva o seu propósito. O recurso a layouts de moveis modulares, pode dar uma resposta rápida, a quem precisa de pouco mais de que os mínimos, e que queiram manter uma boa conservação da área numa reforma rápida do espaço. No entanto há a considerar sempre as questões da ergonomia e adaptação das medidas e do layout em função do seu usuário, o que poderá não ser viável nas soluções pré-fabricadas ou modulares, se assim pode-se dizer.
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