O retorno do uso artístico, deste elemento, na arquitetura e no design de interiores, como algo utilitário e identitário.
O Azulejo é um dos elementos que mais está representado, ao longo dos tempos na arquitetura portuguesa. Chegou mesmo ao nosso território antes de sermos nação pela mão dos árabes, ou não fosse a própria palavra azulejo ter a sua origem semântica no árabe hispânico al-zuléig. Veio e ficou, transmutando-se ao longo do tempo, nas mais diversas técnicas e influencias estéticas, umas do velho e outras do novo mundo, vindas do oriente pela a altura dos descobrimentos.
O azulejo português conta história, e está por todo o lado. A reconstrução veio desenterrar o interesse por este elemento, que estaria na iminência de se fragmentar no mundo hiper industrializado, onde já não havia lugar para a existência desta arte azulejar, feita de forma manual e artística. Os arquitetos e designers mais cuidadosos perceberam, que perder esta tradição e não a recuperar, era como perder parte do ADN da construção portuguesa. Da necessidade vem a vontade e assim surgem ateliers, e recuperam-se fábricas de outrora, com o trabalho e a preocupação de reencontrar desenhos, técnicas e formas, estas agora entendidas e reformuladas pelos artesãos, em novas leituras e abordagens pelos arquitetos, designers e artistas plásticos, numa leitura contemporânea. O resultado está a vista a cerâmica está na ordem do dia, assim como o azulejo na típico português na reconstrução em Portugal.
Viúva Lamego, Mestres do Autentico
Com quase dois séculos de existência a Viúva Lamego tem tudo o que se possa falar sobre o savoir faire do azulejo português. Moldes antigos misturam-se com novos modelos. A criatividade sem limites é apresentada nas mais diversas propostas, sejam elas um backsplash de uma cozinha ou num belo mural. O resultado é simplesmente arrebatador e ninguém consegue ficar indiferente ás belas tonalidades dadas pelos vidrados.
Azulima
Desde 1991 dedica-se á produção de réplicas de azulejos, mosaicos hidráulicos, vitrais, tijolo manual, mármores envelhecidas, etc. para que algum deste vasto património reencontre a dignidade de outrora. A Azulima tem dedicado especial atenção a area do restauro, sendo responsável pela recuperação de uma área considerável de fachadas, em algumas cidades, e em especial na cidade do Porto.
Localmente, Sá Nogueira Ceramics
De uma pequena fábrica pelas mãos de um casal, na pequena povoação de A-dos-francos nascem azulejos, agora podem visitar a sua loja no centro histórico de Caldas da Rainha. Dentro da leitura dos motivos azulejares da técnica de aresta, dá-se destaque ao estilo Hispano-Mourisco do Século XVI, e não só pode adquirir azulejos, como outras peças decoração compostas pelos mesmos. Se ainda tiver curiosidade, na loja, pode experimentar e ver esta técnica ao vivo.
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